27.4.24
Milágrimas
1.4.24
30.3.24
Os nossos tempos
28.3.24
Traz o sol que eu abro um sorriso
20.3.24
Leve amor
Foto: Reprodução/Imgu
Na medida mais precisa que eu puder
Grilhões passageiros
5.3.24
Baby, clarear!
2.3.24
Professora recebe aplausos de amor
13.2.24
Estrada tão bonita...
Em algum lugar dentro de nós
31.1.24
O menino cego que ama o mar
... como quem ouve uma sinfonia
16.1.24
Como se fosse fácil
Soninha prometeu não falar mal de ninguém neste ano. Ela quer focar em si, no que deseja realizar, no que sonha em melhorar nela mesma.
Também já marcou salão, academia e Gestalt. Quer se renovar por inteiro. Trancou a boca para as massas e anda espalhando pra todo mundo que agora é vegana (desde ontem de manhã).
Além disso, ela jurou de pés juntos e pulando de uma perna só que vai concluir o inglês e chupar picolé de neve nos States... lá pra dezembro.
Ah... Soninha quer ser mais solidária com quem precisa; sua meta! Seja gente, seja bicho... não importa. Anda procurando no Google uma ONG conceituada para visitar e fazer doações (de tempo, seu valioso tempo, que, para ela, vale mais que dindim). Pode ser um abrigo que proteja de pintinho a javali. Ela ama incondicionalmente os animais.
Ihh... Soninha iniciou janeiro mais cósmica do que nunca. Fez uma lista de pessoas que ela gostaria de lacrar num contêiner e despachar num avião cargueiro em direção ao Deserto Antártico. Tudo porque, segundo ela, são seres de baixíssima vibração energética que podem bloquear seu futuro lindo, causando um curto-circuito destruidor e irreparável em seus planos mais simples.
Nem discuto porque essa querida sempre foi diferentona, mas de bom coração. Ficarei de olho. Caso a vida dela realmente decole numa explosão mágica de serenidade e sucesso, darei um jeito de copiar sua receitinha de felicidade.
Pedro Antônio de Oliveira
31.12.23
Feliz 2024 com os pés no chão
Qual a relação entre a virada do ano, as crianças, o céu ou o inferno? Nada e tudo. Sim, parece contraditório, mas não é.
A cada ano que se passa, renovamos nossas já combalidas esperanças de que tudo vai ser diferente ou melhor. Fazemos todas aquelas coisas como comer lentilha, 7 grãos de uva e pular ondas na praia. Isso para os que podem comer e para aqueles que vivem na praia ou passam o final de ano lá. Fazemos isso na busca de algo que nos ajude, ainda que sejam crendices, a reforçar nossa fé avariada nas instituições, nos homens e na continuidade do nosso planeta.
Trata-se, portanto, de indagar se teremos um futuro e quem estará nele, vivendo e tomando-o em suas mãos. Neste caso, é impossível não dizer que a virada do ano tem muito a ver com as crianças e os adolescentes, pois será deles este mundo que os adultos de hoje insistem em destruir. Mas, se não pensarmos seriamente sobre isso e ignorarmos o momento atual, é evidente que a virada nada representará nem para as crianças e adolescentes nem para nós mesmos, muito menos para o futuro da humanidade.
Precisamos começar a agir. Façamos isso agora, na virada do ano. Temos que nos engajar, unindo forças com milhares ou milhões de outros seres humanos, pois não estamos sozinhos. São milhões de pessoas que, como nós, pretendem tornar o mundo um lugar habitável para nossas crianças. Elas são o futuro, mas são também o presente – e, por isso, não podemos mais negligenciar essas vidas.
Para tanto, temos de nos unir e exigir o fim das guerras, consumidoras de recursos e esforços que, se fossem aplicados corretamente, poderiam acabar com a fome e a morte de milhões de seres humanos por doenças de toda ordem. Dezesseis mil crianças morrem de fome a cada dia no mundo. E, no cenário brasileiro, 44% das mortes de crianças por doenças poderiam ser evitadas facilmente.
Precisamos pressionar o Estado a cumprir seu papel, na busca de soluções para o aquecimento global, a fome, as doenças, além de fatores como desemprego, baixos salários, educação de qualidade, saneamento, entre outras medidas factíveis e urgentes para legarmos aos nossos pequenos um mundo habitável. Mais do que crendices que nos conduzem a falsas esperanças, precisamos de ação, proatividade e poiesis.
É isso ou inferno, apesar de muito preferirem o céu, a lentilha, as uvas e a praia, é claro.
26.12.23
A terra dos homens invisíveis
A dor caminha pelas ruas, prepara seus alimentos sob o viaduto, dorme em barracas, passeia entre os automóveis. Mas não somos mais capazes de vê-la. Naturalizamos o sofrimento. Simplesmente não temos tempo. Nossas vidas apressadas e nossos compromissos inadiáveis nos impedem de nos preocupar com tudo isso. Sempre temos muito mais o que fazer. O problema é com o outro e do outro. Não nosso. Não mesmo!
Algumas vezes já ouvimos dizer que somos todos irmãos. Verdade? E aquele ser humano desmaiado ou adormecido na calçada? Afinal é um extraterrestre, uma holografia ou uma ilusão da mente? Não é de carne e osso e sentimento? Por que será que cruzamos com ele e nem ligamos? Talvez tenha se tornado apenas mais um elemento da paisagem urbana.
Ruas e avenidas de incontáveis cidades do país hoje são depósitos de seres humanos esquecidos. Estão lá sujando tudo e oferecendo perigo à população, é assim que muita gente avalia. Não acha, no mínimo, absurdo que não demos a menor importância a isso?
Segundo dados do Cadastro Único, em dezembro de 2022, 236.400 pessoas encontravam-se em situação de rua no Brasil, o que significa que um em cada mil vive no país sem moradia digna, vagando por aí como indigente. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) já aponta que esse número pode ser bem maior, beirando a casa dos 300 mil brasileiros sem teto.
Quando nos pedem alguma ajuda, fechamos o vidro do carro, mudamos o caminho para passar longe deles, desviamos o olhar, aceleramos o passo. Em nossa cabeça, grana nas mãos deles é para comprar algo que não presta, inútil. Já criamos todas as desculpas e resistências inimagináveis para reforçar ainda mais a exclusão e a indiferença. O caso é, sem dúvida, bastante sério.
Por mais otimista que seja, não observo uma solução fácil ou imediata no horizonte. Gostaria que, pelo menos, não tratássemos a situação com tamanho descaso, que pudéssemos nos sentir incomodados diante dessa realidade.
Precisamos investir dinheiro e energia para salvar vidas. Não é possível que continuemos seguindo com nossas rotinas alienantes nos comportando como ilhas nesse enorme oceano de desumanidade.
O que cada um de nós pode fazer?
Pedro Antônio de Oliveira
20.12.23
Um brilho a nos abençoar
O menino quer tanto se encantar de novo com as luzes de Natal.
Os dias andam tão diferentes. O tempo corre mais depressa e agitado. Em algum lugar, moram os sonhos que faziam seu coração pulsar. Uma saudade se sente por toda a fria cidade.
Ele já ganhou quase todos os presentes que queria na vida e sabe que hoje falta alguém ao redor da imensa árvore brilhante.
2.12.23
O que vale a pena
1.11.23
Caminhante
Pedro Antônio de Oliveira
28.10.23
Guerra e paz
Imagem: Uğur Gallen
Ilusões solares
12.10.23
Casas
11.9.23
Liberdade e infinito
27.8.23
Diferente
12.8.23
Nosso maior exemplo
3.8.23
15.7.23
A vida ao contrário
8.6.23
23.5.23
Lições
13.5.23
Amor, mãe
11.5.23
O melhor lugar do mundo
9.5.23
Quando acabamos de chegar
6.5.23
3.5.23
30.4.23
Um pouquinho de ti
26.4.23
Lugar perfeito
15.4.23
5.3.23
Compaixão pelos seres vivos
Budismo e compaixão aos animais: reflexão sobre a Declaração de Cambridge.
26.2.23
Olhos parados
Lembrar da casa da gente, das irmãs, dos irmãos e dos pais da gente.
Lembrar que estão longe e ter saudade deles...
Lembrar da cidade onde se nasceu, com inocência, e rir sozinho.
Rir de coisas passadas. Ter saudade da pureza.
Lembrar de músicas, de bailes, de namoradas que a gente já teve.
Lembrar de lugares que a gente já andou e de coisas que a gente já viu.
Lembrar de viagens que a gente já fez e de amigos que ficaram longe.
Lembrar dos amigos que estão próximos e das conversas com eles.
Saber que a gente tem amigos de fato!
Tirar uma folha de árvore, ir mastigando, sentir os ventos pelo rosto...
Sentir o sol. Gostar de ver as coisas todas.
Gostar de estar ali caminhando. Gostar de estar assim esquecido.
Gostar desse momento. Gostar dessa emoção tão cheia de riquezas íntimas.
A metade da maçã
4.2.23
Não tenha vergonha de ser feliz
É tempo de Carnaval. Todo tempo é tempo de ser feliz; mas, nesta época do ano, mais ainda! É quando as pessoas se jogam na avenida revelando a criança interior por vezes esquecida, revivendo fantasias, se pintando com as cores da alegria e se encantando de novo com a vida. É como se os problemas, as responsabilidades e tudo mais que nos impede de sorrir desaparecessem milagrosamente por alguns dias. Estaria aí o grande mistério dessa festa que arrasta multidões e une toda gente em torno do sorriso, da música e do brilho?
Então que tal voltar um pouquinho no tempo, especificamente no ano de 2002, e revisitar uma folia organizada por crianças já vividas? Muitas delas talvez não estejam mais aqui fisicamente. Afinal, já se passaram mais de 20 anos. O que importa é que essas pessoas não se preocuparam com a idade que tinham, com as dores que sentiam ou com as cicatrizes de nossa desafiadora existência humana. Elas simplesmente viveram a plenitude da efêmera felicidade pueril.
No vídeo acima, você vai se emocionar com o entusiasmo de centenas de senhoras da terceira juventude que prepararam suas próprias fantasias com materiais recicláveis para depois brilharem em um superbaile de Carnaval, promovido pelo Serviço Social do Comércio de Minas Gerais (Sesc MG), em Belo Horizonte. Das 18 unidades estaduais do Sesc em MG na época, sete participaram, entre elas a Venda Nova, por meio do bloco "Verde Vivo, Vida Nova", dentro do projeto "Abre alas! Terceira idade pede passagem".
Com lindas fantasias confeccionadas com plástico de garrafas PET, tampinhas e lacres de refrigerante, além de outros resíduos recicláveis, as foliãs mostraram que uma festa completa pode reunir amizade, beleza, paz e sustentabilidade.
Clique na imagem e se inspire! Ousadia! Felicidade não se adia!
28.1.23
Vagão azul
13.1.23
Negro forro
3.10.22
Coração civil
20.9.22
Um leitor muito criativo!
Pessoal, olha que bacana! O Rafael Amado leu o livro Oreosvaldo, o Pássaro das Sombras (Editora Lê) e gravou um vídeo sensacional interpretando com bonecos um trecho das aventuras do blogueiro poeta misterioso.
Obrigado, Rafael, pelo carinho! Fiquei muito surpreso e feliz! Quanto talento! Parabéns! E os fantoches dos personagens estão incríveis. O ilustrador Maurizio Manzo também viu e amou, sabia?
Receba nosso abraço de gratidão! Muita vida, saúde e alegria pra você e toda a sua família, querido Rafa!
Pedro Antônio de Oliveira
10.9.22
Acenda e deixe brilhar
7.9.22
Aforismos do mano Barros
Fui jovem, com a sede de todos...
A chuva, uma história