18.4.15

Apenas mais uma de amor


Como pode alguém ficar no pensamento da gente por um dia inteiro? Eu não sei seu nome, de que música você gosta ou o que você faz quando caem as estrelas. Talvez você prefira a energia da manhã ou a calma da tarde. Ah, se eu fosse um investigador secreto... ficaria bem escondido, atrás de uma árvore, usando um disfarce, respirando devagarinho, esperando horas a fio, só para te seguir. Eu iria atrás de seus passos, descobrindo seus caminhos, desvendando sua história. Queria saber tanta coisa! De repente, tudo me interessa: qual o som da sua risada, se gosta de dançar, contar piadas ou se a leitura é seu forte. Pode ser que nem fale muito, que aprecie o silêncio, que a timidez seja sua principal característica. Se você aprendeu a decifrar olhares, terá visto como fiquei embaraçado quando se dirigiu a mim, falando qualquer coisa sobre o tal produto que eu procurava. Bobagem! Já havia encontrado algo melhor, o desassossego da sua presença, bem ali, na minha frente. Agora sei onde você fica. É naquela loja, daquela grande avenida, da cidade fria, aonde batem, disparados, milhares de corações parecidos com o meu.

pedro antônio de oliveira

10.4.15

Fã dos garis, garoto tem festa de seus sonhos


“Basta o caminhão de lixo passar para terminar o sossego”, conta com bom humor Patrícia Sueli dos Reis Rezende, mãe do pequeno João Guilherme, que comemorou três anos de idade no dia 5 de abril, homenageando os garis. A decoração, voltada para a limpeza urbana, incluiu bolo e doces personalizados, além de um espaço com bonecos e equipamentos que remetem à coleta seletiva. O evento teve a apresentação do gari Daniel do Rap, que executou números de dança e música, agitando os convidados. O aniversariante e os monitores se vestiram de gari.



Patrícia lembra que o entusiasmo do filho surgiu aos sete meses de vida. “Ele é apaixonado pelos profissionais da limpeza urbana e não consegue conter a alegria ao vê-los trabalhando”, explica orgulhosa. A cor laranja do uniforme sempre chamou sua atenção e, segundo ela, João Guilherme já parecia saber a hora exata da coleta dos resíduos. “Agora, ele quer se aproximar, falar com os garis, abraçá-los e subir no caminhão compactador”, diz.

O destino acabou aproximando João ainda mais de seus ídolos. Há alguns anos, sua mãe começou a trabalhar em uma gerência regional de Limpeza Urbana da Prefeitura de Belo Horizonte e o leva para ver os veículos de coleta, sempre que é possível. “Ele imita o motorista, finge que está dirigindo e garante que quer seguir a profissão”, destaca. “Certa vez, ele se soltou de minha mão e correu em direção aos agentes, quase provocando um acidente”, recorda.

Aos olhos do garoto, o fascínio pelo universo da limpeza urbana parece ir muito além da simples admiração. Ele demonstra ter consciência da importância do ofício para a sociedade. A falta de preconceito e a pureza do menino chegam ao ponto de ele pedir para ajudar na limpeza das vias. “Vou trabalhar na Prefeitura e varrer a rua com pá e vassoura”, afirma João.

O pai Reginaldo da Silva não mede esforços para agradar ao filho por perceber o quanto ele valoriza o dia a dia profissional dos garis. “Já tive que dar várias voltas no quarteirão para que ele pudesse ver os caminhões estacionados perto da sede da gerência de Limpeza Urbana.”



assessoria de comunicação da superintendência de limpeza urbana (SLU) 
prefeitura de belo horizonte

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